Uso do cinto de segurança chega a 73% entre passageiros de banco traseiro

São Paulo 21 set / 2019 às 16:52

O índice de uso do cinto de segurança entre motoristas e passageiros aumentou na malha rodoviária paulista sob concessão após cinco anos de intensas campanhas e ações educativas da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e das 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias. No final de 2014, levantamento da Agência apurou que mais da metade dos ocupantes do banco traseiro não utilizava cinto de segurança.

Na época, a adesão era de apenas 46% das pessoas. Já em relação ao uso do equipamento entre motoristas e passageiros do banco dianteiro era de 89% e 84%, respectivamente. Em agosto de 2019, a pesquisa foi refeita e a atualização dos dados apurou que houve significativo aumento do uso do equipamento: 94% dos motoristas, 91% dos passageiros do banco dianteiro e 73% dos ocupantes do banco traseiro estavam usando corretamente o cinto no momento da abordagem dos pesquisadores.

A Pesquisa abrange veículos de passeio e caminhões. Esse novo levantamento integra as mais de mil ações promovidas ou apoiadas pelo Governo do Estado na Semana Nacional do Trânsito. Veja abaixo, a evolução dos índices de motoristas e passageiros com cinto de segurança nas oito pesquisas já realizadas pela Artesp:

“Avaliamos os resultados da primeira pesquisa e vimos a necessidade de intensificar as campanhas educativas, principalmente em relação ao cinto de segurança no banco de trás onde poucas pessoas viajavam com o equipamento”, diz a Coordenadora de Segurança Viária da Artesp, Viviane Riveli.

Resultados

Desde a primeira pesquisa, a Artesp vem trabalhando permanentemente o tema do cinto de segurança em suas campanhas e em materiais educativos que são distribuídos nas rodovias paulistas, em escolas, universidades e em municípios parceiros.

Como principal ação de conscientização, a Artesp desenvolveu, em 2015, um “simulador de impacto”, equipamento interativo que reproduz o efeito de uma batida de carro e reforça a percepção sobre a importância da utilização do cinto. O Simulador de Impacto da Artesp já percorreu 109 municípios paulistas e foi testado por 45 mil pessoas, que passaram pela experiência e receberam informações sobre os riscos de trafegar sem o cinto de segurança.

Além disso, a Artesp realizou uma campanha publicitária pautada pelas desculpas dadas pelas pessoas para não utilizar o cinto como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou “qualquer coisa o banco da frente protege”, o que é um grave erro já que, em caso de acidente, o passageiro do banco traseiro sem cinto é arremessado sobre o ocupante do banco à frente, provocando ferimentos em ambos.

“As pessoas têm uma falsa sensação de segurança de que o banco da frente protege o passageiro em caso de impacto. Também têm a percepção de que no banco traseiro não serão multadas pela dificuldade de fiscalização. Com isso, se arriscam muito, principalmente nas rodovias, onde a velocidade autorizada pode chegar a 120 km/h”, avalia Viviane.

Dados regionais

Embora o uso do cinto de segurança venha aumentando desde o início das campanhas educativas, algumas regiões do Estado ainda registram baixa adesão ao equipamento. É o caso da Região de Franca onde 48% dos ocupantes do banco traseiro ainda dispensam o uso do cinto em viagens pelas rodovias sob concessão. As regiões com os índices de uso mais altos entre os passageiros do banco traseiros são Barretos, Itapeva e São José dos Campos com adesões de 87%, 83% e 80%, respectivamente. Nos trechos de rodovias próximas à capital paulista o índice de uso do cinto no banco de trás é de 71%.

Abaixo, quadro com percentual de uso do cinto de segurança, identificado na pesquisa de agosto de 2019, nas regiões do Estado atendidas por trechos de rodovias sob concessão.


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