No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) reforça a importância da conscientização sobre os impactos da doença e sua mortalidade. Em 2024, foram realizados 78,5 mil atendimentos relacionados à doença em todo o estado, um aumento de 20%, em comparação a 2023, onde foram registrados 65,2 mil atendimentos.
A diabetes ocorre quando o nível de açúcar no sangue se eleva porque o corpo não produz insulina de forma adequada ou não consegue utilizá-la corretamente.
A endocrinologista Isabel Menezes, do Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (CRI Norte), explica que o aumento nos diagnósticos está relacionado a uma combinação de fatores. “A expectativa de vida tem aumentado, mas ao mesmo tempo as pessoas estão se movimentando menos, ganhando peso com mais facilidade e consumindo mais alimentos industrializados”, afirma.
Segundo a especialista, a alimentação rica em açúcar, farinhas e ultraprocessados sobrecarrega o pâncreas. “O estresse aumenta hormônios que elevam a glicose, e o sedentarismo reduz a sensibilidade à insulina. A soma disso facilita o surgimento do diabetes, especialmente em pessoas com predisposição genética”, completa.
Além dos hábitos alimentares e do sedentarismo, a hereditariedade também tem papel importante. Pessoas com histórico familiar da doença, sobrepeso, hipertensão ou colesterol alto estão mais suscetíveis. A condição afeta homens e mulheres em proporções semelhantes. Em crianças, o tipo 1 é o mais comum, mas devido ao estilo de vida, já há registros de diabetes tipo 2 na infância.