
Com a nova estrutura apresentada na quarta (11), a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) passa a exercer papel central na regulação e fiscalização de todos os modais de transporte concedidos no estado: rodoviário, metroferroviário, hidroviário, aeroportuário e o transporte coletivo intermunicipal e metropolitano. As mudanças tiveram início após alteração na legislação promovida pelo Governo de São Paulo, que modernizou e fortaleceu o papel das agências reguladoras estaduais.
A reformulação está inserida no plano SP Na Direção Certa do Governo de São Paulo, conjunto de ações voltadas à modernização da gestão pública paulista, que reúne iniciativas com foco na expansão dos investimentos, na efetividade dos gastos públicos e na melhoria da administração estadual. “Queremos para a Artesp inovação, tecnologia, respeito ao passado e olhar para o futuro”, afirmou Felicio Ramuth, vice-governador de São Paulo.
Com mais autonomia técnica e estrutura fortalecida, a nova Artesp assume a governança intermodal sobre mais de 11,7 mil quilômetros de rodovias concedidas, atendendo 351 municípios paulistas por meio de 22 concessionárias. A agência passa também a regular serviços em trilhos, abrangendo linhas de metrô e trens metropolitanos que transportaram 597,4 milhões de passageiros em 2024, com destaque para as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
No transporte coletivo intermunicipal, que antes era parcialmente administrado pela EMTU, a Artesp agora fiscaliza mais de 1.500 linhas e uma frota de 24 mil veículos, entre ônibus regulares e de fretamento, que atendem 134 municípios e 31,5 milhões de habitantes – o equivalente a 68% da população do estado.
As cinco regiões metropolitanas já consolidadas (São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba) devem ser ampliadas com a criação de outras cinco, agregando mais 98 municípios e 5,8 milhões de pessoas.